Amados irmãos em Cristo, que a graça e a paz do nosso Senhor Jesus sejam convosco! Hoje, nosso coração é impulsionado a meditar sobre um tema vital para a saúde da Igreja e para a nossa caminhada individual com Deus: o perdão mútuo. Em um mundo onde as feridas e as contendas são constantes, a Palavra de Deus nos chama a um padrão mais elevado, um padrão divino. Para isso, fixemos nossos olhos no versículo de Efésios 4:32, que nos diz: “Antes, sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.”
Este imperativo apostólico, vindo do coração de Paulo, é a expressão prática da unidade que devemos ter em Cristo, como ele descreve no início de Efésios capítulo 4. Ser “benignos” significa ter bondade no coração, uma disposição para fazer o bem, para não revidar o mal com o mal. Ser “misericordiosos” é sentir compaixão pela fraqueza e falha do outro, estendendo a mão para erguer, em vez de apontar o dedo para condenar. Estas são qualidades que nos equipam para a ação mais profunda: o perdão. O perdão não é meramente esquecer uma ofensa; é uma decisão consciente de liberar a pessoa que nos feriu, desfazendo o poder que a ofensa tinha sobre nós e sobre a relação. É um ato sobrenatural, uma manifestação do fruto do Espírito Santo em nossas vidas, que nos capacita a agir contra a nossa natureza humana decaída.
A base e a motivação para esse perdão mútuo são encontradas na frase “como também Deus vos perdoou em Cristo”. Amados, pensemos na profundidade do perdão que recebemos! Nós éramos inimigos de Deus, perdidos em nossos pecados, mas em Sua infinita benignidade e misericórdia, Ele enviou Seu Filho para nos perdoar. Essa dívida, que jamais poderíamos pagar, foi quitada na cruz do Calvário pelo sangue precioso de Jesus. Tendo recebido tão grande e imerecido perdão, como poderíamos reter o perdão de um irmão, de uma irmã, que também é objeto do amor de Deus? A verdadeira evidência de que compreendemos a magnitude do perdão de Deus em Cristo é a nossa capacidade de estender esse mesmo perdão aos outros. Negligenciar a prática do perdão é comprometer a nossa própria caminhada de santidade, pois a Palavra nos adverte que sem santidade ninguém verá o Senhor (Hebreus 12:14). Viver na falta de perdão é abrigar amargura e divisões, o que impede a operação do Espírito e pode, deliberadamente, nos afastar da perseverança na fé que conduz à salvação final (Hebreus 10:26-27).
Portanto, irmãos, que o Espírito Santo nos sonde hoje. Há alguma raiz de amargura em nossos corações? Há alguém que precisamos perdoar, seja por uma grande ofensa ou por pequenas irritações diárias? O perdão é uma chave que destrava bênçãos, restaura relacionamentos e nos mantém firmes na senda da santidade. Não nos apeguemos às feridas do passado, mas liberemos o perdão que Cristo nos ensinou e exemplificou. Que nossa vida seja um reflexo contínuo da graça que recebemos, para que possamos perseverar na fé, aguardando a gloriosa volta do Senhor.
Oremos: Senhor, agradecemos pelo Teu perdão imensurável em Cristo Jesus. Capacita-nos, pelo Teu Espírito Santo, a sermos benignos, misericordiosos e a perdoar uns aos outros. Arranca de nós toda raiz de amargura e ajuda-nos a perseverar na fé e na santidade, para a Tua glória. Amém.
Fonte: Bíblia Online
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