Amados irmãos em Cristo, que a graça e a paz do nosso Senhor Jesus sejam convosco. Hoje, o Espírito Santo nos convida a meditar sobre um tema de vital importância para a vida de todo aquele que se diz seguidor de Cristo: “O Fruto do Espírito na Vida do Crente”. Para nos guiar nesta jornada de reflexão e edificação, abramos as nossas Bíblias, na versão Almeida Revista e Corrigida, em Gálatas, capítulo 5, versículos 22 e 23, que nos dizem assim: “Mas o fruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra essas coisas não há lei.” Aleluia!
Observem, queridos, que a Palavra de Deus se refere a “fruto” no singular, e não “frutos”. Isso nos ensina uma verdade profunda: o caráter que o Espírito Santo produz em nós não é uma colcha de retalhos de virtudes isoladas, mas sim uma unidade orgânica, um reflexo coeso da pessoa de Jesus Cristo. Enquanto as “obras da carne” (mencionadas nos versículos anteriores, Gálatas 5:19-21) são diversas e destrutivas, o fruto do Espírito é uno e edifica. A caridade (o amor divino, ágape), que é a primeira e mais abrangente manifestação, permeia todas as outras. O gozo não é uma alegria passageira, mas uma profunda satisfação que vem do Senhor, mesmo em meio às tribulações. A paz é aquela serenidade que excede todo o entendimento. A longanimidade, a benignidade, a bondade, a fé (fidelidade), a mansidão e a temperança (domínio próprio) são traços que desvelam um coração transformado, onde o ego cede lugar à operação divina. É crucial entender que este fruto não é resultado do nosso esforço humano, mas da presença e do poder capacitador do Espírito Santo habitando em nós. Ele é quem produz; nós somos os ramos que, permanecendo na Videira Verdadeira, dão o fruto.
Esta manifestação do Fruto do Espírito não é um adorno opcional, amados, mas a prova visível de uma genuína transformação e fé viva. Sem ele, nossa declaração de salvação pode ser vazia, pois Jesus nos ensinou: “pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:20). O desenvolvimento deste Fruto é intrínseco ao nosso processo de santificação, um caminho que exige diligência e dependência do Alto. A santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 12:14), é alcançada pela obra contínua do Espírito, que nos capacita a “purificarmo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Coríntios 7:1). A certeza da nossa salvação é uma bênção inestimável, mas está firmemente ligada à nossa perseverança em produzir este fruto, em andar em retidão, em vigiar e não ceder ao pecado deliberado. Negligenciar a vida no Espírito, manifestada neste fruto, e voltar às obras da carne, pode, sim, nos levar à perda dessa salvação, como a Palavra adverte em Hebreus 10:26-27. O fruto do Espírito é a garantia viva de que estamos no caminho certo, um selo da nossa comunhão com o Senhor e um testemunho ao mundo. A frase “contra essas coisas não há lei” significa que tais virtudes são superiores a qualquer mandamento legalista; elas vêm de um coração transformado pelo amor de Deus.
Que esta meditação, irmãos, nos leve a uma profunda autoanálise. Será que o Fruto do Espírito está crescendo em nós? Estamos permitindo que o Espírito Santo nos molde, ou resistimos à Sua obra transformadora? Lembrem-se que somos peregrinos nesta terra; nosso lar e nossa esperança estão nas moradas celestiais. Portanto, não nos apeguemos às coisas passageiras deste mundo, que nos oferecem apenas aflições, mas busquemos em Cristo a vitória e o consolo do Espírito. Que a nossa vida seja um testemunho vivo do poder de Deus, refletindo cada vez mais o caráter de Cristo.
Oremos: “Pai amado, agradecemos pela dádiva do Teu Espírito Santo. Pedimos que Ele opere em nós de forma mais profunda, gerando em abundância o Teu fruto. Ajuda-nos a perseverar na fé, na santidade e na vigilância, para que um dia possamos contemplar a Tua face, em nome de Jesus. Amém.”
Fonte: Bíblia Online
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