Amados irmãos em Cristo, que a graça e a paz do nosso Senhor Jesus estejam convosco! É com grande alegria que nos reunimos para meditar na Palavra de Deus, essa lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho. Hoje, o Espírito Santo nos conduz a refletir sobre um tema fundamental para a vida cristã e para a unidade do Corpo de Cristo: a humildade diante de Deus e dos homens. Para isso, abramos nossas Bíblias, na versão Almeida Revista e Corrigida, em Filipenses 2:3-4, que nos diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros.”
O apóstolo Paulo, escrevendo aos irmãos em Filipos, exorta a igreja a viver em unidade e amor, e o antídoto para as divisões e rivalidades que possam surgir é a humildade. Ele começa com uma proibição clara: “Nada façais por contenda ou por vanglória”. Contenda aqui fala de ambição egoísta, rivalidade que busca apenas o interesse próprio e não o bem comum. Vanglória é o orgulho vazio, o desejo de ser reconhecido, de receber aplausos humanos, de se exaltar acima dos outros. Essas atitudes são venenos que corroem a comunhão e desonram o nome de Cristo. Em contraste, Paulo nos chama a agir “por humildade”. Essa humildade não é uma falsa modéstia, mas uma disposição genuína do coração de se considerar menos importante, não por uma falsa inferioridade, mas por uma atitude de serviço e amor abnegado. É a morte do “eu” egoísta.
A humildade, meus irmãos, se manifesta quando “cada um considere os outros superiores a si mesmo”. Que declaração radical! Isso não significa que os outros sejam intrinsecamente melhores em tudo, mas que devemos tratá-los com tal dignidade e respeito, priorizando seus interesses e necessidades acima dos nossos. Isso nos leva ao versículo 4: “Não atente cada um para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros.” Aqui, somos chamados a alargar nossa visão, a não focar apenas em nossos próprios assuntos, mas a desenvolver um coração que se preocupa com o bem-estar dos nossos irmãos, suas lutas, suas alegrias. Esse é o caminho que Jesus trilhou, pois Ele, sendo Deus, não atentou para Sua própria glória, mas humilhou-se a Si mesmo, tornando-se servo e obediente até à morte de cruz (Filipenses 2:5-8). O batismo no Espírito Santo nos capacita a viver essa vida de amor altruísta e humildade, despojando-nos do orgulho e nos revestindo da mente de Cristo. É a presença do Espírito que produz em nós esse fruto tão precioso.
Meus queridos, a humildade não é apenas um adorno, mas uma condição para a nossa perseverança na fé e na santidade. O orgulho cega, endurece o coração e nos afasta da dependência de Deus, abrindo portas para o pecado deliberado. Lembremo-nos de Hebreus 12:14, que nos exorta a “procurar a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. A humildade nos mantém vigilantes, quebrantados e abertos à correção divina, reconhecendo nossa constante necessidade da graça de Deus para não cairmos. Ela nos resguarda da presunção, da autoconfiança que pode nos levar a negligenciar a vida cristã e a pecar deliberadamente, com o risco de perder a salvação. Portanto, busquemos a humildade, não esperando glórias terrenas, pois estamos de passagem neste mundo e “no mundo tereis aflições”, mas visando a exaltação de Cristo e a esperança de um lar celestial. Que o Espírito Santo nos ajude a considerar os outros, a servir uns aos outros, e a perseverar em santidade, com um coração humilde e dependente do Senhor.
Amado Pai celestial, humildemente nos achegamos a Ti, pedindo que o Teu Espírito Santo nos capacite a viver a verdadeira humildade, segundo o exemplo de Cristo. Ajuda-nos a considerar os outros, a buscar a santidade e a perseverar na fé, para que o Teu nome seja glorificado em nós e alcancemos a salvação final. Em nome de Jesus, Amém!
Fonte: Bíblia Online
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