Amados irmãos e irmãs em Cristo, a graça e a paz do Senhor Jesus sejam convosco! Que alegria é podermos nos reunir, mesmo que virtualmente, para meditar na santa e infalível Palavra de Deus. Nosso tema hoje nos convida a refletir sobre “O Serviço ao Próximo”, uma das marcas mais distintivas do verdadeiro discipulado, um reflexo genuíno do amor que nos foi derramado. E para iluminar nosso coração e nossa mente, o Espírito Santo nos guia ao livro de Gálatas, capítulo 5, versículo 13, que diz: **”Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; não useis, contudo, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros em amor.”**

Este precioso texto paulino nos confronta com uma das mais gloriosas verdades do Evangelho e, ao mesmo tempo, com uma solene advertência. A nossa chamada em Cristo é, primeiramente, uma chamada à liberdade! Fomos libertos do jugo da Lei, da condenação do pecado e da escravidão das trevas. Não estamos mais debaixo da maldição, mas sob a graça redentora de Jesus. Contudo, o apóstolo Paulo, inspirado pelo Espírito, prontamente nos adverte para não usarmos essa liberdade divina como uma “ocasião à carne”. A carne aqui não se refere ao nosso corpo físico, mas à nossa natureza pecaminosa, que, ainda que destronada, insiste em nos tentar ao egoísmo, à negligência espiritual e ao pecado deliberado. Permitam-me lembrar, irmãos, que a liberdade em Cristo não é licença para pecar, mas um chamado à mais alta responsabilidade e à mais profunda santidade. A Palavra é clara: a negligência da vida cristã e o pecado deliberado podem, sim, levar à perda dessa preciosa salvação que nos foi concedida pela graça. É preciso vigiar e perseverar.

O verdadeiro propósito da nossa liberdade, portanto, não é a autoindulgência, mas sim o serviço abnegado. “Mas servi-vos uns aos outros em amor”, exorta Paulo. O serviço que Deus espera de nós não é por obrigação legalista, nem por mérito próprio, mas é um transbordar do amor de Deus que habita em nós pelo Espírito Santo (Romanos 5:5). É o amor *ágape*, aquele amor sacrificial, que busca o bem do próximo antes do seu próprio. Este é o amor que Jesus demonstrou ao lavar os pés de Seus discípulos (João 13) e ao entregar Sua vida na cruz. Servir em amor é a prova mais eloquente da nossa fé viva, da nossa libertação do ego e da nossa caminhada de santificação. É a expressão tangível de que somos novas criaturas em Cristo, chamados a refletir Sua imagem de servo. A perseverança nessa prática do amor e da santidade é uma condição inegociável para a nossa salvação final, como nos lembra Hebreus 12:14: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.”

Amados irmãos, que esta Palavra penetre profundamente em nossos corações hoje. Que possamos examinar como temos usado nossa liberdade em Cristo. Temos usado para buscar nossos próprios interesses, ou para edificar o Corpo de Cristo e abençoar o próximo? Que o Espírito Santo nos capacite a ver as oportunidades diárias de servir – em nossa casa, em nossa igreja, em nossa comunidade. Lembremo-nos que somos peregrinos neste mundo, e, embora teremos aflições, nossa esperança está nas moradas celestiais. Mas, até lá, a certeza da salvação é para aqueles que perseveram na fé e na santidade, demonstrando seu amor através do serviço. Que nosso serviço amoroso seja um testemunho vivo do Senhor que nos resgatou.
Oremos: “Pai celestial, somos gratos pela liberdade que nos deste em Cristo Jesus. Ajuda-nos a não usá-la para a carne, mas a servir uns aos outros em amor, pela capacitação do Teu Espírito Santo. Fortalece-nos na fé e na santidade, para que perseveremos até o fim e não percamos a coroa da vida. Em nome de Jesus, Amém.”

Fonte: Bíblia Online