Amados irmãos em Cristo, a paz do Senhor esteja com cada um de vocês! É com um coração grato e sob a unção do Espírito Santo que nos achegamos hoje à Palavra de Deus para meditar sobre um tema fundamental para a nossa fé: A Responsabilidade Social do Crente. Muitas vezes, irmãos, confinamos nossa fé ao templo ou à nossa vida devocional particular, esquecendo que o Evangelho nos convoca a uma fé ativa e transformadora no mundo. Nosso versículo chave para esta edificante reflexão se encontra na epístola de Tiago, capítulo 1, versículo 27, que nos exorta, dizendo: “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.”
Este precioso texto de Tiago, irmãos, não contradiz a doutrina da salvação pela graça mediante a fé, mas a complementa e a qualifica. Tiago nos ensina que uma fé genuína não é uma fé estéril, meramente teórica, mas uma fé que se manifesta em obras de amor e compaixão. A expressão “religião pura e imaculada” não se refere a rituais ou formalidades, mas a uma vida transformada que agrada a Deus, o Pai. A primeira parte dessa definição aponta para o serviço ao próximo: “visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações.” Naquele contexto bíblico, órfãos e viúvas eram as camadas mais vulneráveis da sociedade, desprovidas de proteção e sustento. “Visitar” aqui não é um mero comparecer, mas um envolver-se, um cuidar ativamente, um suprir necessidades e um oferecer consolo em tempos de angústia. É a manifestação prática do amor de Deus através de nossas mãos e corações.
A segunda parte do versículo, igualmente crucial, nos chama a “guardar-se da corrupção do mundo.” Não basta apenas fazer o bem; é imperativo também viver uma vida santa e separada do pecado. A “corrupção do mundo” abrange a imoralidade, o materialismo, o orgulho, a inveja e todas as práticas e filosofias que se opõem aos princípios do Reino de Deus. Irmãos, a fé que não se manifesta em amor ao próximo e em santidade pessoal é uma fé morta, incapaz de nos conduzir à vida eterna. A certeza da salvação, irmãos, é uma bênção maravilhosa, mas ela é para aquele que persevera na fé e na santidade (Hebreus 12:14). Aqueles que, conhecendo a verdade, negligenciam a vida cristã e se entregam ao pecado deliberado, correm o sério risco de perder essa tão preciosa salvação (Hebreus 10:26-27). Nossa responsabilidade social e nossa santidade são frutos da fé verdadeira e testemunhos de que estamos firmes no caminho, não esperando bênçãos materiais, mas a recompensa eterna de uma vida dedicada a Cristo e ao próximo. Lembremos que somos peregrinos neste mundo e que “no mundo tereis aflições”, mas Cristo venceu o mundo e nos oferece a esperança inabalável das moradas celestiais.
Amados irmãos, que esta Palavra nos desafie a examinar nossa fé. Quem são os “órfãos e viúvas” em nosso tempo? São os necessitados, os marginalizados, os solitários, os oprimidos. Que possamos estender nossas mãos em amor, compaixão e serviço, e que possamos, pela graça de Deus, nos guardar da corrupção que nos rodeia, vivendo uma vida de santidade que glorifique o nosso Pai. Que nossa fé seja viva, ativa e perseverante até a gloriosa volta de Cristo.
Oremos: Pai amado, agradecemos pela Tua Palavra que nos instrui e corrige. Ajuda-nos, Senhor, a viver a verdadeira religião, com corações compassivos para com os necessitados e uma vida de santidade que Te agrade. Fortalece-nos para perseverar na fé e no amor até o fim, para a glória do Teu nome. Amém!
Fonte: Bíblia Online
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