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Consagração Total: O Nosso Culto Racional a Deus

Amados irmãos em Cristo, que a graça e a paz do nosso Senhor Jesus sejam convosco. É com grande alegria que abrimos a Palavra de Deus para meditar sobre um tema de suma importância para a vida cristã: “O Valor da Consagração”. E para nos guiar nesta jornada, temos as poderosas palavras do apóstolo Paulo em Romanos 12:1-2, que nos dizem: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

Meus queridos, Paulo inicia este capítulo com um rogo profundo, um apelo veemente à nossa consciência, fundamentado na incomensurável “compaixão de Deus”. Ele nos chama a uma entrega radical: “que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. No Antigo Testamento, sacrifícios eram de animais mortos, mas em Cristo, o sacrifício que nos é demandado é a nossa própria vida, vivida de forma consciente e contínua. Não é um ato isolado, mas uma postura diária de rendição de todo o nosso ser – nossas vontades, paixões, talentos, tempo e recursos – ao serviço do Senhor. Este sacrifício precisa ser “santo”, ou seja, separado do pecado e inteiramente dedicado a Deus, e “agradável”, o que implica uma vida que O glorifica em todas as suas facetas. É aqui que reside a nossa responsabilidade: viver em santidade, pois, como nos adverte Hebreus 12:14, “sem santidade ninguém verá o Senhor”. Entregar nosso corpo significa viver em pureza, vigiando nossos olhos, nossas mãos, nossos passos, para que não nos desviemos da vontade divina, pois o pecado deliberado e a negligência da vida cristã podem nos afastar da graça e da certeza da nossa salvação final.

E este é o nosso “culto racional”, uma adoração inteligente, não um ritual vazio ou uma obrigação impensada. Para vivermos esse sacrifício vivo e contínuo, Paulo nos entrega a chave no versículo 2: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento”. O mundo à nossa volta, com seus valores passageiros, suas filosofias enganosas e seus prazeres efêmeros, tenta a todo custo moldar-nos à sua imagem. Mas nós, como crentes, estamos de passagem neste mundo; nossa pátria é celestial. A verdadeira transformação não vem de fora para dentro, mas por uma mudança profunda em nossa mente, operada pelo Espírito Santo e pela meditação constante na Palavra de Deus. Renovar o entendimento significa aprender a pensar como Cristo pensa, a enxergar o mundo pelos olhos da fé e a priorizar o que é eterno. É um processo contínuo de despojamento do velho homem e revestimento do novo. Sem essa renovação constante e essa vigilância contra as seduções do mundo, nossa consagração pode ser comprometida, e a própria fé que nos sustenta pode ser abalada. É pela perseverança nesta transformação que experimentamos a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus”, caminhando firmes até a volta de Jesus.

Meus irmãos, que a mensagem de hoje nos inspire a uma consagração cada vez mais profunda. Que possamos, diariamente, apresentar nossos corpos como sacrifício vivo, santo e agradável, não nos conformando com este mundo, mas buscando a transformação da nossa mente. Lembrem-se que no mundo tereis aflições, mas Cristo venceu o mundo e nos dá a força para perseverar na fé e na santidade, mantendo firme a esperança nas moradas celestiais. Oremos: Pai querido, ajuda-nos a viver uma vida consagrada, que te agrada e te glorifica. Renova nosso entendimento a cada dia, e concede-nos o poder do Teu Espírito para permanecermos firmes e santos até a volta do nosso Senhor Jesus. Amém.

Fonte: Bíblia Online